domingo, dezembro 18, 2005

A Lenda do Tesouro Perdido - 7.5

A Lenda do Tesouro Perdido
(National Treasure, 2004)

(especial, por Pedro Gontijo)

Eu fiquei receioso em começar com um candidato típico à Sessão da Tarde dos próximos anos, mas acabei de assistir esse filme de novo e acredito que ele merece um comentário por causa de alguns detalhes. Para mim, muitos filmes medíocres merecem comentários por conta de detalhes afortunados, os quais inclusive fazem-nos esquecer da mediocridade. "National Treasure" -- prefiro usar o nome original porque o trocadilho ficou legal, além de ser um protesto contra grande parte das traduções de títulos para o Brasil -- envolve mitos e histórias sobre maçons, templários, tesouros perdidos e a independência norte-americana, todos temas de fácil apelo à imaginação. A trama é meio forçada e mal-explicada, não se consegue saber ao final do filme como aquele tesouro imenso foi parar nas mãos dos "Founding Fathers" em primeiro lugar e como os maçons conseguiriam tal façanha, porém é divertido tentar adivinhar as pistas, especialmente para quem conhece um pouco de história e cultura americanas. Nesse detalhe o filme merece comentário. O enredo envolve personagens totalmente aficcionados por história dos EUA, um prato cheio para quem admira o pensamento político moderno e gosta de descobrir coisas. A Dra. Chase (Diane Kruger, que também fez Tróia) é curiosa, característica fundamental de um historiador, e é um pouco reconfortante para os cientistas sociais amadores encontrarem no filme o espírito da fundação de um país concretizado na Declaração de Independência, o pivô de toda a trama, com assertivas significativas escritas por pessoas que as consideravam mais do que simples utopias. Fora isso, é bom de assistir quando não se tem nada pra fazer. Tem perseguição, aventura, trocadilhos e jogos de palavras, a gata da Diane Kruger. E, é claro, Nicolas Cage, que é bom em qualquer lugar.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

O Dia em que a Terra Parou - 9

O Dia em que a Terra Parou
(The Day the Earth Stood Still, 1951)

Ao espanto mundial, um disco-voador pousa em Washington. Um extraterrestre traz aos governantes da Terra um importante alerta. Este famoso filme de 1951 pode não interessar a muita gente, pois, à primeira vista, a temática é recorrente. Filmes clássicos de ficção científica, no entanto, trazem elementos que hoje se perdem em meio ao excesso de efeitos visuais. Importante também considerar que este filme foi rodado no começo da Guerra Fria, período em que o confrontamento entre as duas grandes potências estava no ápice e o medo de um embate nuclear era real. Portanto, assista a este filme considerando a ficção científica apenas um cenário, pois não é o que importa.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Harry Potter e o Cálice de Fogo - 7.5

Harry Potter e o Cálice de Fogo
(Harry Potter and the Goblet of Fire, 2005)

Mais um filme, mais um livro. O quarto episódio da série, e o mais adulto, vem com nova direção, mas o mesmo elenco, com uma única e bizarra diferença: quem faz Lorde Voldemort é o Ralph Fiennes (o Jardineiro Fiel). O Cálice de Fogo é um bom filme, apesar de não ter mostrado tanto a Copa do Mundo de Quadribol. Por ser o mais sombrio, o filme tem momentos que ultrapassam a barreira do infantil, o que, ao meu ver, não deveria acontecer. De alguma forma, e não por ser sombrio, este filme se afastou da fórmula original. Além disso, é preocupante o fato de os atores estarem, obviamente, crescendo. Daniel Radcliffe, que faz o próprio Harry Potter, não convence a idade e está tão feio que deve dar calafrios na produção. Por outro lado, a Emma Watson, que faz a Hermione Granger, está cada vez mais formosa (ela só tem 15 anos, não posso usar outro adjetivo).

A Outra Face - 2.5

A Outra Face
(Face/Off, 1997)

Este filme não vale a locação. Se conhece alguém que, por motivo desconhecido, tenha o filme, ainda assim, pense duas vezes. Quem protagoniza é John Travolta e Nicolas Cage; o primeiro é ridículo, o segundo às vezes passa. Não vou nem contar a sinopse porque não compensa. Mas a trama é péssima, é mal dirigido (apesar de o John Woo assinar a direção), há momentos em que acreditei que mais de um diretor fez o filme, de tão desconexo. Enfim, um desastre.

terça-feira, novembro 22, 2005

Antes do Pôr-do-Sol - 3.5

Antes do Pôr-do-Sol
(Before Sunset, 2004)

Por que diabos alguém filma coisas desse tipo? Eu respondo; já pesquisei, estudei, li a respeito, fiz o que pude. Filmaram essa, essa continuação, essa unidade suplementar, e não complementar, para satisfazer a curiosidade daqueles indivíduos que tinham treze anos na época e que agora têm 22. O que será que aconteceu depois daquela noite de 1994 ? Eles afinal se reencontram ? Pois é, este filme responde, claudicante, à tua pergunta, respeitável jovem leitora. Mas não espere muito não, que é bem inferior ao primeiro. Por isso, atento leitor, se não te apetece saber os desandos daquela noite de 1994, faça o favor de não assistir a este filme; deixe-o lá, na prateleira, onde ficará bem; confie em mim, pois a decepção é pior que a curiosidade.

Batman Begins - 8.5

Batman Begins
(Batman Begins, 2005)

Muitas vezes inicio meus comentários fazendo ressalvas e desta vez não será diferente. Nunca fui um ávido leitor de quadrinhos; na verdade nunca os achei muito interessantes. Portanto, pouco me importa se os filmes de super-heróis têm semelhança com os quadrinhos. Posto isso, atrevo-me a dizer que Batman Begins é um excelente filme e que os anteriores deveriam ser postos na ilegalidade. Deveríamos recomeçar a série, no estilo deste último, sendo o primeiro, naturalmente. O filme, dirigido por Christopher Nolan (o mesmo de Amnésia), é bem produzido, bem editado, interessante, e traz excelentes atores, como Michael Caine, Liam Neeson, Morgan Freeman, Rutger Hauer e Ken Watanabe. Infelizmente, traz o sem-graça-de-língua-presa Christian Bale (como Batman) e a pouco convincente Katie Holmes (que deveria procurar outro tipo de filme pra fazer). Alguns vão dizer, "esse Batman estava perfeito" ou, "ela é linda e convenceu". Não! Ele é mal ator e ela ainda não saiu de Dawson's Creek, quem sabe um dia....? E ainda cogitam ela para Mulher Maravilha...tenha paciência...

quarta-feira, novembro 16, 2005

O Jardineiro Fiel - 8

O Jardineiro Fiel
(The Constant Gardener, 2005)

Não é fácil compreender este filme, há quem diga que é impossível. Não o é. Nunca estive no vasto continente africano, é bem verdade, mas o pouco de África que me passaram, não por falsas impressões, estas medonhas e injustas, mas por relatos conscientes e responsáveis, permite-me imaginar que O Jardineiro Fiel é ao mesmo tempo revolucionário e impotente. Explico-me. Há uma certa barreira em tratar a África, não apenas pela peculiaridade do tema, que ainda hoje, pós-colonialismo, é por mim observada, mas também pelo olhar pesaroso euro-americano, que se instaurou e constrange o avanço do continente. Mostrar uma África por dentro, filmada in loco, com seus verdadeiros problemas, não é cotidiano no cinema internacional, assim como não o é estampar, rompante, a questão farmacêutica, a corrupção pecaminosa britânica, no caso, e os infortúnios dos povos africanos, mas, veja, de forma óbvia e não apelativa, por isso revolucionária. No entanto, creio ser impotente, pois o filme, além de parecer a muitos uma teoria conspiracionista, não tem o devido alcance e pode passar por mera ficção. Sendo ou não um ato revolucionário impotente, aliás circunstância freqüente por aí, a filmagem, a edição e a fotografia são de especial deleite, também as curtas passagens em swahili, pois há quem aprecie o idioma, além de mim.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Porque Choram os Homens - 4.5

Porque Choram os Homens
(The Mas Who Cried, 2000)

Uma menina judia (Christina Ricci) tenta viver na Europa durante a Segunda Grande Guerra e buscar seu pai que havia deixado o continente para viver nos Estados Unidos. Um filme bem mais ou menos. É bem filmado, tem o Johnny Depp, é sutil. Mas de resto, é monótono e longo (na verdade nem é longo, mas parece). Quando assistir, tente captar um pouco da poesia escondida no filme, observe a ópera.

A Família Addams - 5.5

A Família Addams
(The Addams Family, 1991)

Clássico do humor da década de 1990, é a história de uma família de hábitos excêntricos e macabros, porém cômicos. Neste primeiro filme, Uncle Fester (Christopher Lloyd) retorna à família após anos desaparecido. Poucos filmes conseguiram reunir tão bons atores para o humor negro; com certeza todos que eram jovens em 1991 assistiram a este filme; agora, 14 anos depois, vale a pena assistir novamente. Destaco, além da qualidade dos atores, as personagens Wednesday (Christina Ricci, com apenas 11 anos) e o bizarro Cousin Itt.
(P.S.: Usei os nomes originais, pois as traduções dos nomes das personagens são péssimas e variam)

sexta-feira, outubro 21, 2005

Tempo de Embebedar Cavalos - 6.5

Tempo de Embebedar Cavalos
(Zaman-i bara-ye Masti-e Asb-ha, 2000)

Fronteira Irã-Iraque. Na verdade, no coração do Curdistão. Um menino se vê responsável por sua família, principalmente quanto a seu irmão mais novo, que é deficiente. Apesar do tema parecer pesado, não é. Não há, de forma alguma, exploração da doença; o filme é poético e transparece a relação afetiva entre os personagens. Considerando que o filme é protagonizado por crianças, é bem melhor que outros similares. Destaque para a fotografia, que retrata muito bem a paisagem do noroeste iraniano. E para os curiosos: não se preocupem, o título tem sentido.

segunda-feira, outubro 17, 2005

Robôs - 2

Robôs
(Robots, 2005)

Um jovem robô decide perseguir seu sonho de ser inventor. História previsível, não agrada a adultos e não traz nada de novo. É uma pena que tenham conseguido tão boas vozes para uma animação tão fraquinha.

sexta-feira, outubro 14, 2005

Novo 007

É oficial, Daniel Craig é o novo James Bond, escalado para atuar no próximo filme da série, Casino Royale. Dizem que a disputa ficou entre ele e o Clive Owen (que disse que o papel poderia limitar sua carreira), mas isto nunca saberemos. Nunca fui entusiasta de nenhum dos "candidatos", apesar de preferir, dentre eles, o Jude Law. Mas enfim, escolheram esse aí, que seja. Já o estão chamando de James Blond!...fazer o quê? Façam como eu, lembrem-se de que o George Lazenby só durou um filme, é reconfortante.

Antes do Amanhecer - 5

Antes do Amanhecer
(Before Sunrise, 2005)

Eu não queria assistir a este filme. Não mesmo. Fui obrigado. Vocês conhecem a história; dois jovens, um americano, uma francesa, encontram-se num trem na Europa. Daí iniciam um romance fulminante passeando por Viena. O filme tem bons diálogos, mas no geral é monótono. Minha recomendação é a seguinte: a) se você gosta de filmes japoneses ou iranianos, veja o filme como um romance (com diálogos) entre dois camponeses, b) se você gosta de filmes de comédia romântica, veja o filme como um romance com humor sutil, c) se você gosta de filmes de ação, veja Madrugada dos Mortos; d) se você gosta de filmes inteligentes, veja o filme, mas tenha paciência; e) se você tem 13 anos e está apaixonada, este é o seu filme; mas f) se você tem 40 anos e está apaixonada, não venha chorar no meu ombro, o tempo não volta.

Constantine - 7

Constantine
(Constantine, 2005)

Um homem que interage com o céu e o inferno, se empenha para exorcisar demônios. Uma mistura de Advogado do Diabo, Matrix e O Exorcista, Keanu Reeves está bem no filme. A idéia em que se embasa o filme é muito boa, o que poderia resultar uma continuação até melhor que o original. Por enquanto não há perspectivas. Ah, só pra constar, a caracterização do anjo Gabriel é bem interessante.

segunda-feira, setembro 12, 2005

O Incrível Exército Brancaleone - 5

O Incrível Exército de Brancaleone
(L'Armata Brancaleone, 1966)

Este é um filme de Mario Monicelli que conta a história de Brancaleone de Múrcia, um cavaleiro desafortunado da Idade Média, que sai em busca de uma terra distante que lhe foi conferida. No caminho, constroi seu (incrível) exército mulambento. Quem protagoniza a saga é Vittorio Gassman, que dispensa comentários. Aliás, o elenco é muito bom. No entanto, enquanto assistimos ao filme, achamos muito chato; tem algumas partes engraçadas, mas nada de fantástico. Analisando o filme depois, percebemos que até tem sua graça, é de certa forma peculiar. Isto porque assisti a Monty Python em Busca do Cálice Sagrado. Se você também assistiu a esse clássico da comédia inglesa, vai achar Brancaleone sem graça e até monótono. O melhor do filme, sem dúvida, é a musiquinha: Branca, Branca, Branca, Leon, Leon, Leon! Quem sabe a continuação "Brancaleone nas Cruzadas" seja mais interessante...vou procurar.

quinta-feira, setembro 01, 2005

A Fantástica Fábrica de Chocolate - 8

A Fantástica Fábrica de Chocolate
(Charlie and the Chocolate Factory, 2005)

Que filme! Este vale a pena, tanto pelo entretenimento, quanto pela arte. Se você não assistiu o filme original, não vai achar tanta graça neste, mas vai gostar. Quem dirige a refilmagem é Tim Burton, conhecido pelo estilo dark e cheio de maquilagem de Batman, Beetle Juice, Ed Wood, Edward Mãos-de-Tesoura, Marte Ataca, A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça, e Big Fish. Desta vez, Burton conservou aspectos retrô do filme original e adicionou uma forte carga contemporânea com o uso de efeitos especiais e uma reinterpretação do drama humano retratado. Aliás, é esta a maior diferença entre as duas versões, a exploração (não-exagerada) do drama passado por Willy Wonka na infância e que ainda o atormenta. Wonka é vivido por Johnny Depp, de quem sou fã assumido, e ele está excelente, exceto pela semelhança bizarra com o Michael Jackson. A dupla Burton-Depp realmente dá certo; metade dos filmes de Burton são protagonizados por Depp. Os outros atores também foram muito bem escolhidos para manter a referência ao original. Agora, os Oompa-Loompas, ô coisas feias, como foi que encontraram um cara tão feio, precisava? Mas ficou muito bom, de qualquer forma. A nova versão conta alguns detalhes das origens de alguns fatos que não têm explicação no primeiro filme, o que é interessante pra quem já o assistiu. Não vou contar o final, mas antecipo que foi modificado. Fiquei com medo de que estragassem com excesso de dramatização por conta do tema familiar, mas Burton conseguiu convencer e o final é compatível. Talvez seja uma das melhores refilmagens a que já assisti.

quarta-feira, agosto 31, 2005

Desventuras em Série - 5.5

Desventuras em Série
(Lemony Snicket's A Series of Unfortunate Events, 2004)

A idéia é boa. Um filme bem interessante. Imagino que os livros sejam razoáveis, apesar de estar ainda longe do Harry Potter. É a história de três crianças órfãs (uma inventora, um leitor e uma "mordedora") que ficam tentando fugir de seu misterioso tio Conde Olaf. Este, interpretado por Jim Carry, quer a guarda das crianças para ganhar a fortuna de seus pais. Infelizmente, o final deixa muito a desejar. Uma pena. Destaque para a interpretação de Carry e para a criancinha que morde tudo, que é particularmente engraçada.

Um Estranho no Ninho - 8

Um Estranho no Ninho
(One Flew Over the Cuckoo's Nest, 1975)

Sempre achei o Jack Nicholson com cara de doido. O que pensar então quando ele vai para um manicômio? Neste caso, o doido não era ele, que apenas tentava fugir da prisão e se passou por doido. É uma história meio confusa, um filme meio confuso, longo, às vezes engraçado, às vezes chato. A visão humana do filme é interessante, seca e assustadora. Mas o que vale mesmo neste filme são as atuações, impressionantes, de vários atores. Danny DeVito está excelente (acredite se quiser), Christopher Loyd muito bom (em sua estréia no cinema), Louise Fletcher, assustadora, como a enfermeira-sargenta, Will Sampson, bizarro, como o índio Chefe, e Brad Dourif, engraçado, como o gago Billy. Vencedor de 5 Oscars, incluindo o de Melhor Filme.

segunda-feira, agosto 29, 2005

Alfie, o Sedutor - 8

Alfie, o Sedutor
(Alfie, 2004)

Pra começar, esqueçam a breguice do subtítulo deste filme. Não que seja sem sentido, é que pode assustar, de tão brega. Alfie é uma refilmagem do homônimo de 1966 estrelado por Michael Caine. Desta vez, quem é o bam-bam-bam é o, mais uma vez, Jude Law. Difícil relatar nem que seja uma sinopse deste filme, por isso nem vou tentar. Mas vale a pena basicamente por três motivos: 1) a atuação de Jude Law é excelente, 2) a filmagem é diferente e interessante, principalmente pela interlocução do Alfie com o telespectador, e 3) tem conteúdo. A única coisa que continuo não entendendo é porque diabos cogitam Jude Law como novo James Bond; são dois estilos totalmente diferentes.

segunda-feira, agosto 22, 2005

Em Boa Companhia - 6.5

Em Boa Companhia
(In Good Company, 2004)

Não é ruim, não é bom. Tem suas qualidades, apesar de eu agora não lembrar nenhuma. O filme trata de carreiras profissionais, valores e inconstâncias da vida. É uma comédia; mas com poucos bons momentos. É um romance; mas com pouco romantismo. Vai beirando aqui e alí, dependendo em muito dos protagonistas Dennis Quaid (aquele mesmo), Scarlett Johansson (sempre uma graça) e Topher Grace (o Eric de That 70's Show).

terça-feira, agosto 09, 2005

Capitão Sky e o Mundo de Amanhã - 6.5

Capitão Sky e o Mundo de Amanhã
(Sky Captain and the World of Tomorrow, 2004)

Isto é o que acontece quando fundem características de "Guerra nas Estrelas", "Indiana Jones" e "Rocketeer". Um filme curioso que mistura um clima retrô dos anos 1930 com parafernalhas futuristas. Jude Law, onipresente, e Gwyneth Paltrow, "oninsossa", protagonizam a aventura que deixa um pouco a desejar no enredo e não cumpre tão bem seu principal papel, que é entreter sem fazer pensar. Destaque para o figurino e para a atuação de Angelina Jolie que, como sempre, rouba a cena.

sexta-feira, agosto 05, 2005

Boicote ao FIC 2005

Pois foi isso mesmo o que fiz. Em post anterior, afirmei que iria assistir ao maior número de filmes que poderia no FIC 2005. Contudo, me recuso a pagar R$ 14 para assistir a um mísero filme. O Festival não só oferece filmes fracos como também cobra preços abusivos. É um absurdo! Onde já se viu festival de cinema que cobre R$ 14 por filme? Decidi portanto boicotar o FIC 2005 e assistir de forma não ortodoxa aos poucos filmes que prometem pelo menos uma nota 5. Creio que a partir deste final de semana já possa assistir ao primeiro.

quinta-feira, agosto 04, 2005

Kung Fu Futebol Clube - 4.5

Kung Fu Futebol Clube
(Shào Lín Zú Qiú, 2003)

Se eu pudesse apontar, dentre aqueles vendidos na feira, qual é o filme do momento, certamente diria que é este. É um filme tosco, sem dúvida, mas engraçado. Já viu algo que misturasse kung fu com futebol? Pois é, o propósito do filme é este mesmo. Carece de enredo, de lógica, de nível. Não sou, de modo algum, fã do cinema chinês, por isso já não esperava tanta coisa de uma comédia em cantonês. Creio eu que não valha a pena gastar dinheiro com a locação deste filme, mas, se estiver passando na casa de um amigo, por que não conferir? Deixo por fim uma sugestão à Rede Globo para que inclua esta pérola cinematográfica na programação da Sessão da Tarde.

terça-feira, agosto 02, 2005

A Liga Extraordinária - 5

A Liga Extraordinária
(The League of Extraordinary Gentlemen, 2003)

Eis um filme legalzinho, sempre quis usar esta palavra. Um bom entretenimento, mas fraquinho de enredo. É uma pena, pois esperava bastante, apesar dos prudentes avisos que recebi. Lamento também pelo Sean Connery, pois está sofrível neste filme. Quem diria que foi ele o primeiro 007. Pra variar, destaco as caracterizações, bastante heterodoxas, principalmente do Capitão Nemo e da Sra. Harker, que aliás já vale o filme. Quem sabe não sai um segundo filme...um pouco melhor.

terça-feira, julho 26, 2005

Quarteto Fantástico - 7

Quarteto Fantástico
(Fantastic Four, 2005)

Muita gente não gostou deste filme, devo registrar, por motivos os mais variados. Eu discordo. Obviamente não é uma obra cinematográfica para a posteridade, nem pretende ser, mas cumpre o papel de ocupar duas horas da sua vida com entretenimento simples. Muitos criticaram a caracterização dos personagens, principalmente em relação às suas personalidades e aspectos psicológicos. Não sou especialista em quadrinhos, mas, pelo que li, a caracterização foi realmente falha, mas razoável. Se você não está preocupado com esse tipo de coisa, vale a pena a assistir a esse filme, principalmente se você gosta de explosões e coisas pegando fogo. Ah, só pra constar, eu gostei da caracterização da Mulher Invisível.

segunda-feira, julho 25, 2005

Morte na Mesopotâmia - 5

Morte na Mesopotâmia
(Murder in Mesopotamia, 2001)

Em meio a escavações no Iraque britânico, o conhecidíssimo Hercule Poirot tenta desvendar um misterioso assassinato. Mais um filme baseado nos romances de Agatha Christie que nos rende alguns momentos de entretenimento. Um filme simples, bem acabado, linear, mas que não prende a atenção até o final. O melhor do filme é a caracterização, ou seja, as roupas, os cenários e, principalmente, o árabe falado, que é árabe mesmo.

sábado, julho 23, 2005

Mulher Maravilha - 7

Mulher Maravilha
(The New Original Wonder Woman, 1975)

Este é o piloto que originou a série de televisão que foi ao ar entre 1976-79. Podem achar tosco, não me importo, pois é muito bom. Dentre os vários motivos, cito alguns. A heroína é interpretada pela belíssima miss Lynda Carter que, por incrível que pareça, consegue atuar. Este piloto, assim como a primeira temporada da série, é passado durante a Segunda Grande Guerra, mantendo o vínculo com os quadrinhos. Além disso, o filme traz efeitos especiais que hoje são péssimos, mas na época foram inovadores. Para completar, tem um toque retrô, que aliás está na moda agora. Como já havia dito em outro post, vejo a Mulher Maravilha como A heroína. Não só obteve sucesso em seu lançamento na década de 1940, mas também estourou a partir da ascensão do movimento feminista anos depois. Ela é símbolo de força, determinação e justiça, com uma pitada de liberdade e democracia. Sinceramente espero que o novo filme que pretendem lançar em 2007 reflita tudo isso e não caia na desgraça que foi Elektra.

quinta-feira, julho 21, 2005

FIC 2005

De 20 a 31 de julho, a Academia de Tênis será palco do VII FIC Brasilia. Vou tentar assistir a tantos filmes quanto eu tiver paciência e postarei comentários sobre eles o mais rápido possível para que possa auxiliar os interessados. Devo avisar, no entanto, que esta edição do Festival Internacional de Cinema não está lá grande coisa. Pelo que já pude compreender, os filmes cairam um pouco em relação às edições anteriores (aliás parece ser a tendência do evento), e os preços subiram. Para qualquer filme o preço é R$ 14, a inteira, e R$ 7, a meia. Alguns filmes prometem algum entretenimento, mas poucos países estão representados nesta edição, que não traz, por exemplo, nenhum representante de Suécia, Irã e "Iugoslávia". Ao contrário, traz excesso de filmes nacionais, velhos filmes indianos e muitos documentários. Vamos ver o que será.

segunda-feira, julho 18, 2005

A Vida é um Milagre - 7.5

A Vida é um Milagre
(Život Je Čudo, 2004)

1992, a Guerra da Bósnia começa. Um engenheiro projeta ferrovias numa cidadezinha do interior, onde vive com sua esposa, uma cantora lírica, e seu filho, um promissor jogador de futebol. A Guerra, no entanto, afeta o dia-a-dia da cidade, assim como o dessa família, que se vê no meio do conflito. Pode parecer um drama humano, bem, na verdade é, mas o filme é uma comédia, bósnia, mas ainda assim comédia. O filme mistura o drama da guerra (não apelativo) com cenas de humor nonsense. O melhor do filme é, na verdade, a qualidade dos atores, o que mostra, na minha opinião, que o cinema brasileiro vai bem, mas ainda tem muito o que evoluir. Um alerta: se você é daqueles que dorme no cinema, esqueça este filme, vá assistir ao Quarteto Fantástico.

domingo, julho 17, 2005

Casablanca - 9

Casablanca
(Casablanca, 1942)

Por que os Estados Unidos não fazem mais filmes como este? É passado no Marrocos francês durante a Segunda Grande Guerra, onde as pessoas tentam conseguir visto para embarcar para Lisboa e seguir para os Estados Unidos. O filme é simples, as montagens são toscas, o que me lembra porque o cinema teve que evoluir. Casablanca é isso mesmo, mas tem algo charmoso, inteligente, sutil, que não se usa mais nos filmes de hoje. Humphrey Bogart e Ingrid Bergman trazem o tempero da época, que aliás é das melhores para filmes. Sinceramente, aindo tenho fé no cinema americano, acho que eles vão acordar um dia e perceber que já fizeram belos filmes e podem voltar a fazê-los. Alguns diretores já conseguiram perceber isso, but the others wait in Casablanca, and wait, and wait, and wait.

quinta-feira, junho 30, 2005

Madagascar - 7

Madagascar
(Madagascar, 2005)

Sete é uma boa nota. Não me venham com essa de que não pontuo positivamente os filmes, sete é uma boa nota. Em se tratando de desenho, é uma excelente nota. Madagascar traz um leão, uma girafa, uma zebra e uma hipopótamo como protagonistas, como devem ter percebido. Inconformado com a vida que leva, a zebra decide fugir do zoológico de Nova Iorque em busca da "natureza", daí se presupõe o resto. Há pontos interessantes, como um povo que vive em Madagascar, os lêmures, sob o governo de Sua Majestade Julien XIII (se não me engano). Eles são engraçados. Mas com certeza os melhores são os pingüins e os macacos. Prestem atenção nos macacos, são impagáveis! Não vou analisar sociologicamente os personagens em respeito às criancinhas.

Elektra - 2

Elektra
(Elektra, 2005)

Uma heroina sensual, assassina a sangue frio, baseada em mitologia grega. Um bom filme? Nem pensar! Afaste-se do DVD! Você assistiu no cinema? Bem, eu assisti a "Xuxa e os Duendes", alguém tem que ir na linha de tiro. Você perguntaria, E a Jennifer Garner? Tudo tem limite, meu amigo! Concordo que ela é sexy, concordo que neste filme ela está até mais do que o normal, mas passar mais de uma hora sentado no sofá, pra ver isso, não dá. O filme não tem enredo, não te prende, é vazio, bobo. Creio que perderam uma grande oportunidade de fazer um filme de uma heroina. Cadê o movimento feminista? Por que só os homens podem ser super-heróis no cinema? Mulheres só aparecem quando estão em grupos mistos, como X-Men. Por isso, desde já, coloco-me favorável a um filme da Mulher Maravilha.

quinta-feira, junho 16, 2005

Duplex - 1

Duplex
(Duplex, 2003)

Nunca assistam a este filme! Este é o pior filme que já vi! Infelizmente, quem o protagoniza são dois de meus atores hollywoodianos preferidos, Ben Stiller e Drew Barrymore. Mas eles não têm culpa, esta iguaria é do Danny DeVito. O filme é patético, sem noção, sem graça e irritante. De forma breve, Ben Stiller e Drew Barrymore formam um jovem casal nova-iorquino que se muda para um duplex no Brooklyn. No entanto, no andar superior mora uma inquilina de 81 anos que, pela "lei do inquilino", não pode ser despejada. A mulher é o capeta e sobrevive a tudo. Eles ficam na pior, ela estraga a vida deles e é isso. Me pareceu "Esqueceram de Mim" (o nível realístico é próximo), mas é certamente pior. Isto explica porque ficou tão pouco tempo no cinema...quem pagaria caro pra ver isso ??? Antecipadamente, peço desculpas ao leitor pois os próximos filmes que comentarei também serão americanos e ruins, mas vale como alerta.

segunda-feira, junho 13, 2005

Encontros e Desencontros - 7

Encontros e Desencontros
(Lost in Translation, 2003)

Um famoso ator faz comerciais para uma marca de Uísque e, certa vez, vai ao Japão para expandir a marca. Lá conhece uma solitária jovem que, ao acompanhar seu marido que fora trabalhar no país, passava a maior parte do tempo sozinha. O filme é sobre isso, solidão, contrastes culturais, vazio, indiferença. É um filme bem feito, da diretora revelação 2003 Sofia Coppola, com história interessante, porém monótona. O filme ganha pela simplicidade com que trata o tema, às vezes cativante, às vezes cru demais. Além disso, mostra a verdade nua do dia-a-dia de um ser humano normal, seja famoso ou não, mostra o tédio e a incompreensão, faz você se sentir na pele dos personagens, que, no fundo, são como você. Às vezes o mundo gira mais rápido do que nós, e nos deixa sem fala e sem ação, olhando o mundo girar, girar, e nós a olhar. Dá um frio na barriga ver isso. Recomendo assistir e depois dormir, assim no outro dia você já esqueceu o que viu.

quarta-feira, junho 08, 2005

Amnésia - 8.5

Amnésia
(Memento, 2000)

Um homem tem perda de memória de todo acontecimento após o estupro e o assassinato de sua esposa, para vingar o crime, usa anotações e tatuagens por todo o corpo na tentativa de se guiar na busca pelo criminoso a fim de assassiná-lo. Estranho, não?! Muito! No entanto, é um thriller psicológico excelente. Não é um filme complexo em si, na verdade está longe disso. O filme é de trás para frente, mas, se posível, fosse visto em direção normal, seria pouco mais que um filme desses, os quais não sabemos o motivo pelo qual foram filmados e cujos atores não entendemos porque diabos lhes ocorreu de atuar em tal vergonha cinematográfica, há não ser pelo dinheiro. Este filme poderia ser assim, mas não é. Há um motivo pelo qual foi editado ao contrário, e este motivo é somente sabido nos últimos dez ou quinze minutos, estes que valem a incompreensão do restante do filme, em que quanto mais se sabe mais se percebe que menos sabia nos minutos anteriores. É exatamente este o foco principal do filme, o momento em que vivemos é sempre aquele que temos mais certeza sobre o que sabemos, o passado é algo que nossa memória traiçoeiramente maqueia, e o futuro é algo que buscamos sem saber porquê, baseados em algo que agora temos certeza e que até o segundo anterior era igual a uma anotação num pedaço de papel.

terça-feira, junho 07, 2005

Guerra nas Estrelas VI - Nota 7

Guerra nas Estrelas: Episódio VI - O Retorno de Jedi
(Star Wars: Episode VI - The Return of the Jedi, 1983)

Finalmente, o derradeiro episódio, o sexto, a saga está, enfim, completa. Eu gosto deste episódio. Não por ser o último, ou trazer o ponto máximo da trama, mas por apresentar o sentido de tudo. Não há Guerra nas Estrelas sem este episódio. Antes de discutir melhor as implicações deste episódio, gostaria apenas de mencionar alguns méritos. O Retorno de Jedi é engraçado, além do normal, o que suaviza, e muito, o ambiente tenebroso dos demais episódios, principalmente dos episódios recentes. Há quem goste dos Ewoks, mas eu os vejo como uma tentativa de alcançar um novo público, os muito jovens, crianças que até então gostavam de Star Wars, mas não se viam nos filmes. Este episódio, de certa forma, agrada a todas as gerações, e traz, conseqüentemente, lucros para a saga como um todo. É neste momento também que Han Solo (Harrison Ford) se concretiza como uma peça fundamental no quebra-cabeças, servindo de suporte para o desenvolvimento do file, pois, afinal, Luke não dá conta do recado. Mas isso é papo pra outro post. Sobre as implicações deste episódio, tenho algo a dizer. Ele fecha e amarra muito bem a história, define e esclarece melhor ainda a personalidade dos personagens. Somente é possível entender certas nuances da história se assistirmos com atenção a este episódio, assim como ao final do terceiro. Muito interessante também é a percepção mais apurada do que vem a ser "a força", assim como de sua magnitude e das limitações de seu uso. Ao contrário do Episódio III, que apresenta muitos detalhes por centímetro de filme, este consegue trazê-los mais diluídos no decorrer de todo o filme. Se você gosta, pelo menos um pouquinho, de Star Wars, assista a este filme, é divertido; se não gosta tanto, nem assista, é capaz de você ficar com raiva dos Ewoks.

segunda-feira, junho 06, 2005

Guerra nas Estrelas V - Nota 6.5

Guerra nas Estrelas: Episódio V - O Império Contra-Ataca
(Star Wars: Episode V - The Empire Strikes Back, 1980)

Este é um filme de transição. Não há motivo para ser um filme, exceto a necessidade de dar ao público algo para mastigar até o lançamento do Episódio VI. Por isso mesmo, não tenho muito a dizer; o filme é superficial. No entanto, se olharmos por outro ângulo, podemos notar dois importantes detalhes. Neste episódio é perceptível a fraqueza e a ingenuidade do Luke Skywalker, que, contrastadas ao perfil de Darth Vader, nos apresentam uma das piores cenas, porém antológica, da história do cinema: a revelação da paternidade de Luke seguida de um grotesco "No!!!". Além disso, este episódio nos coloca numa interessante discussão acerca do Império. Como mencionei anteriormente, a República era composta por diferentes e numerosíssimos reinos. A transição para o Império centralizou o poder de certa forma, mas não totalmente, uma vez que foi conservado o Senado, onde os vários reinos continuam se manifestando. A pergunta que coloco é: Parece tão ruim assim o Império? E mais: Houve mudança substitantiva na vida de alguém? Pergunto isso porque, ao meu ver, George Lucas não deixou claro o motivo da rebelião. Aponto alguns argumentos. A vida do cidadão comum não sofreu alterações relevantes com a troca do regime, além disso, excetuando a Aliança Rebelde, ninguém parece estar insatisfeito com isso. Por que os rebeldes querem derrubar o regime? Eles mal haviam nascido quando houve a guerra. Se ao menos estivessem ainda em guerra poderia-se argumentar sobre a imersão na violência, sei lá. Outro ponto importante é a desistência dos Jedis. Eles seriam os únicos a ter motivos mais claros para derrubar o regime, mas, após serem quase dizimados, acabaram por desistir. O encontro de Luke com Obi-Wan e Yoda é casuístico, não houve intenção por parte deles em procurar Luke. Por outro lado, percebe-se que a centralização relativa do poder nas mãos do Imperador poderia ser considerada como um poder moderador, o que seria uma forma de absolutismo disfarçado, afinal não há menção a uma constituição, o que enfraquece o Senado. Além disso, poderíamos considerar a Estrela da Morte como uma arma de destruição em massa, o que justificaria a ação da Aliança Rebelde. A completa destruição de Alderaan poderia ser um indício. Como podemos perceber, portanto, há controvérsia acerca do tema. Dessa forma, eu continuo dizendo, o Império é mais estável, Viva o Império!

sábado, junho 04, 2005

PS sobre Guerra nas Estrelas (1999-2005)

***Se você não assistiu a todos os filmes do Guerra nas Estrelas, não lei este post***

Uma importante observação em relação à trilogia 1999-2005, acabo de me recordar. Creio existir uma ligação entre o nascimento e o destino de Anakin Skywalker, Neo e Jesus Cristo. Sério, não tô brincando. Todos os três são tidos como O escolhido, que trará paz e harmonia, e têm fim trágico. Não sei quanto ao Neo, mas tanto Cristo quanto Anakin nasceram em situações extremamente particulares, ambos não tinham pai (fisicamente falando), apenas mãe, foram criados em ambientes hostis, eram pobres e aparentemente sem futuro. No entanto, tinham algo de especial, quase divino. A pergunta fica: Anakin era "um Cristo" que foi tentado pelo Diabo ?

Guerra nas Estrelas IV - Nota 8

Guerra nas Estrelas: Episódio IV - Uma Nova Esperança
(Star Wars: Episode IV - A New Hope, 1977)

Tratando de ficção científica, este é sem dúvida um clássico. É um erro compreender o primeiro Guerra nas Estrelas como um clássico por antigüidade, ele o é por ser um marco, independentemente se falamos de um momento no cinema já há quase 30 anos. Digo isto pelo simples fato de o Episódio IV trazer novas concepções de cinema, filmagem e som. O primeiro Guerra nas Estrelas surgiu num momento em que EUA e URSS estavam, pelo menos aos olhos dos americanos, em plena disputa, dilacerando o Vietã e se dilacerando, por que não, arrastando a população americana para o buraco negro. E eis que George Lucas oferece, contrariando todas as tendências da época, um filme em que o bem e o mal lutam, fora deste planeta, é importante frisar, pelo controle do universo. Além disso, Lucas fez uma trama profunda, baseada em mitologia e psicologia, o que me é particularmente interessante. A trilha sonora, também muito boa, era uma inovação para a época, em que sinfonias estavam fora de moda. Os efeitos especiais são revolucionários e impensáveis para a época, apesar de toscos para estes tempos. Por outro lado, os atores, em geral, são uma porcaria, salvando apenas Alec Guinness (Obi-Wan Kenobi). Analisando os personagens, para não me alongar, detenho-me a uns poucos comentários. Darth Vader não é tão mal quanto é nos episódios I, II e III; Luke Skywalker é o típico herói que hoje em dia não vende (o contraste entre ele e o próprio Anakin é chocante); C3PO é especialista em relações humanas, não as entende mas as interpreta, pra mim o personagem mais profundo; R2-D2 comanda, é na verdade ele o escolhido, Léia é forte (muito mais que a Padme), tava meio gordinha nesse episódio; Obi-Wan é muito fraco para o ator (que aliás segurou o filme); Yoda é Deus.

sexta-feira, junho 03, 2005

Guerra nas Estrelas III - Nota 7

Guerra nas Estrelas: Episódio III - Vingança dos Sith
(Star Wars: Episode III - Revenge of the Sith, 2005)

Encerrando a trilogia, o Episódio III é razoável. Com certeza não é aquela porcaria do segundo, mas também não chega a ser uma obra magnífica. Sei que muita gente gostou deste episódio, mas, como eu definitivamente não sigo a maioria, discordo categoricamente. Falemos dos pontos positivos, que são alguns, válidos, mas alguns. Ewan McGregor se consolida como um dos principais atores de hollywood neste filme. Não diria que sozinho, até porque o duende Yoda foi mais uma vez muito bem, mas devo considerar a evolução do até pouco desconhecido Hayden Christensen (Anakin Skywalker "adulto"), que neste está muito bem. Além dessas felizes atuações, devemos considerar a boa conexão entre esta trilogia e a seguinte (ou anterior?). O terceiro episódio conseguiu sem dúvida alcançar seu objetivo máximo que era ser uma ponte. Parabéns ao George Lucas. Agora vamos à parte ruim. Pra começar, eu acho que a Natalie Portman (Senadora Amidala/Padme) foi uma infelicidade; além de ter um evelhecimento imperceptível, é muito fraquinha como atriz (prometo assistir Closer pra averiguar melhor sua capacidade). Outra coisa, eu acho que o Windu tinha que morrer mesmo; quem fala demais morre cedo nos filmes, é lei. Por fim, e mais importante, o filme é chato, as cenas de luta em meio às lavas são péssimas, infindáveis e cansativas, e a história é uma coletânea de pequenos fatos explicativos para os episódios seguintes. Pra chutar o pau da barraca, eu realmente acho que o Anakin deveria ser levado ao Tribunal Penal Inter-Galático por tríplice genocídio. Ah, por falar em política inter-galática, esse negócio de república com reinos é sem noção, por isso o império ganhou, onde já se viu...Viva o Império (no quinto episódio eu discuto isso novamente).

quinta-feira, junho 02, 2005

Guerra nas Estrelas II - Nota 5

Guerra nas Estrelas: Episódio II - Ataque dos Clones
(Star Wars: Episode II - Attack of the Clones, 2002)

Dando continuação à saga, temos este infeliz episódio. Tem boas cenas, claro, e algumas boas atuações, mas o melhor do filme é o Yoda!! Tem algo errado num filme em que o melhor é uma animação. Alguns diriam que é apenas um episódio de transição, entre o princípio de tudo e o momento de crise (episódio III), talvez até seja apenas isso, mas não precisava ser tão fraquinho. Entramos no filme esperando grandes momentos e saímos achando que nada aconteceu de relevante e esperamos que o próximo justifique esta porcaria, afinal, o filme termina com as guerras clônicas, o que queríamos assistir era justamente a elas. Ok, ok, tem a marcha imperial, legal, mas, sinceramente, precisava filmar 2 horas e tanto pra fazer um duende rodopiar com um sabre de luz e tocar a marcha imperial ? Que venham as guerras clônicas, que venham os Sith; amanhã falo sobre isso.

quarta-feira, junho 01, 2005

Guerra nas Estrelas I - Nota 7.5

Para começar as atividades deste blog em grande estilo, comentarei a dupla trilogia Guerra nas Estrelas (Star Wars). Para facilitar, usarei posts diferentes para cada episódio.

Guerra nas Estrelas: Episódio I - A Ameaça Fantasma
(Star Wars: Episode I - The Phantom Menace, 1999)

Vamos em ordem cronológica (não, eu assisti em ordem de lançamento), o primeiro episódio, escusado o subtítulo inadequado, é um de meus favoritos. Tanto por encerrar em si características de filme com início, meio e fim, como por apresentar atributos dignos de um grande filme. Sem dúvida, atrai o público com cenas bem coordenadas, bom acabamento e enredo bem trabalhado. O que mais me chama atenção é a excelente performance do ator Ewan McGregor (Obi-Wan Kenobi) que, aliada ao bom comportamento do menino Jake Lloyd (Anakin Skywalker), entretem do início ao fim, de forma coerente e levemente divertida. Destaco também o personagem Qui-Gon Jinn, interpretado por Liam Neeson, que ao meu ver foi peça-chave na trama de George Lucas. Por fim, devo mencionar a excelente trilha sonora deste episódio, principalmente durante a luta entre os dois Jedis supracitados e o vilão Darth Maul, que aliás foi muito mal utilizado (o ator era dublê no Mortal Kombat!!).

terça-feira, maio 31, 2005

Bem-vindos ao Cine Abrantes

Prezados leitores, me é chegado o momento, cá estou novamente a escrever notas virtuais, o que me parece mais simpático que o vulgo "blogar". Desta vez, no entanto, dedico-me àquela arte que mais aprecio, como bem sabem, à sétima arte. Neste espaço, farei comentários acerca de filmes, atores, festivais e assuntos correlatos. Espero que este espaço não apenas seja de utilidade mas que também desperte debate. Caso queira que algum filme seja comentado aqui, basta clicar ali à direita e sugerir.