quinta-feira, junho 30, 2005

Madagascar - 7

Madagascar
(Madagascar, 2005)

Sete é uma boa nota. Não me venham com essa de que não pontuo positivamente os filmes, sete é uma boa nota. Em se tratando de desenho, é uma excelente nota. Madagascar traz um leão, uma girafa, uma zebra e uma hipopótamo como protagonistas, como devem ter percebido. Inconformado com a vida que leva, a zebra decide fugir do zoológico de Nova Iorque em busca da "natureza", daí se presupõe o resto. Há pontos interessantes, como um povo que vive em Madagascar, os lêmures, sob o governo de Sua Majestade Julien XIII (se não me engano). Eles são engraçados. Mas com certeza os melhores são os pingüins e os macacos. Prestem atenção nos macacos, são impagáveis! Não vou analisar sociologicamente os personagens em respeito às criancinhas.

Elektra - 2

Elektra
(Elektra, 2005)

Uma heroina sensual, assassina a sangue frio, baseada em mitologia grega. Um bom filme? Nem pensar! Afaste-se do DVD! Você assistiu no cinema? Bem, eu assisti a "Xuxa e os Duendes", alguém tem que ir na linha de tiro. Você perguntaria, E a Jennifer Garner? Tudo tem limite, meu amigo! Concordo que ela é sexy, concordo que neste filme ela está até mais do que o normal, mas passar mais de uma hora sentado no sofá, pra ver isso, não dá. O filme não tem enredo, não te prende, é vazio, bobo. Creio que perderam uma grande oportunidade de fazer um filme de uma heroina. Cadê o movimento feminista? Por que só os homens podem ser super-heróis no cinema? Mulheres só aparecem quando estão em grupos mistos, como X-Men. Por isso, desde já, coloco-me favorável a um filme da Mulher Maravilha.

quinta-feira, junho 16, 2005

Duplex - 1

Duplex
(Duplex, 2003)

Nunca assistam a este filme! Este é o pior filme que já vi! Infelizmente, quem o protagoniza são dois de meus atores hollywoodianos preferidos, Ben Stiller e Drew Barrymore. Mas eles não têm culpa, esta iguaria é do Danny DeVito. O filme é patético, sem noção, sem graça e irritante. De forma breve, Ben Stiller e Drew Barrymore formam um jovem casal nova-iorquino que se muda para um duplex no Brooklyn. No entanto, no andar superior mora uma inquilina de 81 anos que, pela "lei do inquilino", não pode ser despejada. A mulher é o capeta e sobrevive a tudo. Eles ficam na pior, ela estraga a vida deles e é isso. Me pareceu "Esqueceram de Mim" (o nível realístico é próximo), mas é certamente pior. Isto explica porque ficou tão pouco tempo no cinema...quem pagaria caro pra ver isso ??? Antecipadamente, peço desculpas ao leitor pois os próximos filmes que comentarei também serão americanos e ruins, mas vale como alerta.

segunda-feira, junho 13, 2005

Encontros e Desencontros - 7

Encontros e Desencontros
(Lost in Translation, 2003)

Um famoso ator faz comerciais para uma marca de Uísque e, certa vez, vai ao Japão para expandir a marca. Lá conhece uma solitária jovem que, ao acompanhar seu marido que fora trabalhar no país, passava a maior parte do tempo sozinha. O filme é sobre isso, solidão, contrastes culturais, vazio, indiferença. É um filme bem feito, da diretora revelação 2003 Sofia Coppola, com história interessante, porém monótona. O filme ganha pela simplicidade com que trata o tema, às vezes cativante, às vezes cru demais. Além disso, mostra a verdade nua do dia-a-dia de um ser humano normal, seja famoso ou não, mostra o tédio e a incompreensão, faz você se sentir na pele dos personagens, que, no fundo, são como você. Às vezes o mundo gira mais rápido do que nós, e nos deixa sem fala e sem ação, olhando o mundo girar, girar, e nós a olhar. Dá um frio na barriga ver isso. Recomendo assistir e depois dormir, assim no outro dia você já esqueceu o que viu.

quarta-feira, junho 08, 2005

Amnésia - 8.5

Amnésia
(Memento, 2000)

Um homem tem perda de memória de todo acontecimento após o estupro e o assassinato de sua esposa, para vingar o crime, usa anotações e tatuagens por todo o corpo na tentativa de se guiar na busca pelo criminoso a fim de assassiná-lo. Estranho, não?! Muito! No entanto, é um thriller psicológico excelente. Não é um filme complexo em si, na verdade está longe disso. O filme é de trás para frente, mas, se posível, fosse visto em direção normal, seria pouco mais que um filme desses, os quais não sabemos o motivo pelo qual foram filmados e cujos atores não entendemos porque diabos lhes ocorreu de atuar em tal vergonha cinematográfica, há não ser pelo dinheiro. Este filme poderia ser assim, mas não é. Há um motivo pelo qual foi editado ao contrário, e este motivo é somente sabido nos últimos dez ou quinze minutos, estes que valem a incompreensão do restante do filme, em que quanto mais se sabe mais se percebe que menos sabia nos minutos anteriores. É exatamente este o foco principal do filme, o momento em que vivemos é sempre aquele que temos mais certeza sobre o que sabemos, o passado é algo que nossa memória traiçoeiramente maqueia, e o futuro é algo que buscamos sem saber porquê, baseados em algo que agora temos certeza e que até o segundo anterior era igual a uma anotação num pedaço de papel.

terça-feira, junho 07, 2005

Guerra nas Estrelas VI - Nota 7

Guerra nas Estrelas: Episódio VI - O Retorno de Jedi
(Star Wars: Episode VI - The Return of the Jedi, 1983)

Finalmente, o derradeiro episódio, o sexto, a saga está, enfim, completa. Eu gosto deste episódio. Não por ser o último, ou trazer o ponto máximo da trama, mas por apresentar o sentido de tudo. Não há Guerra nas Estrelas sem este episódio. Antes de discutir melhor as implicações deste episódio, gostaria apenas de mencionar alguns méritos. O Retorno de Jedi é engraçado, além do normal, o que suaviza, e muito, o ambiente tenebroso dos demais episódios, principalmente dos episódios recentes. Há quem goste dos Ewoks, mas eu os vejo como uma tentativa de alcançar um novo público, os muito jovens, crianças que até então gostavam de Star Wars, mas não se viam nos filmes. Este episódio, de certa forma, agrada a todas as gerações, e traz, conseqüentemente, lucros para a saga como um todo. É neste momento também que Han Solo (Harrison Ford) se concretiza como uma peça fundamental no quebra-cabeças, servindo de suporte para o desenvolvimento do file, pois, afinal, Luke não dá conta do recado. Mas isso é papo pra outro post. Sobre as implicações deste episódio, tenho algo a dizer. Ele fecha e amarra muito bem a história, define e esclarece melhor ainda a personalidade dos personagens. Somente é possível entender certas nuances da história se assistirmos com atenção a este episódio, assim como ao final do terceiro. Muito interessante também é a percepção mais apurada do que vem a ser "a força", assim como de sua magnitude e das limitações de seu uso. Ao contrário do Episódio III, que apresenta muitos detalhes por centímetro de filme, este consegue trazê-los mais diluídos no decorrer de todo o filme. Se você gosta, pelo menos um pouquinho, de Star Wars, assista a este filme, é divertido; se não gosta tanto, nem assista, é capaz de você ficar com raiva dos Ewoks.

segunda-feira, junho 06, 2005

Guerra nas Estrelas V - Nota 6.5

Guerra nas Estrelas: Episódio V - O Império Contra-Ataca
(Star Wars: Episode V - The Empire Strikes Back, 1980)

Este é um filme de transição. Não há motivo para ser um filme, exceto a necessidade de dar ao público algo para mastigar até o lançamento do Episódio VI. Por isso mesmo, não tenho muito a dizer; o filme é superficial. No entanto, se olharmos por outro ângulo, podemos notar dois importantes detalhes. Neste episódio é perceptível a fraqueza e a ingenuidade do Luke Skywalker, que, contrastadas ao perfil de Darth Vader, nos apresentam uma das piores cenas, porém antológica, da história do cinema: a revelação da paternidade de Luke seguida de um grotesco "No!!!". Além disso, este episódio nos coloca numa interessante discussão acerca do Império. Como mencionei anteriormente, a República era composta por diferentes e numerosíssimos reinos. A transição para o Império centralizou o poder de certa forma, mas não totalmente, uma vez que foi conservado o Senado, onde os vários reinos continuam se manifestando. A pergunta que coloco é: Parece tão ruim assim o Império? E mais: Houve mudança substitantiva na vida de alguém? Pergunto isso porque, ao meu ver, George Lucas não deixou claro o motivo da rebelião. Aponto alguns argumentos. A vida do cidadão comum não sofreu alterações relevantes com a troca do regime, além disso, excetuando a Aliança Rebelde, ninguém parece estar insatisfeito com isso. Por que os rebeldes querem derrubar o regime? Eles mal haviam nascido quando houve a guerra. Se ao menos estivessem ainda em guerra poderia-se argumentar sobre a imersão na violência, sei lá. Outro ponto importante é a desistência dos Jedis. Eles seriam os únicos a ter motivos mais claros para derrubar o regime, mas, após serem quase dizimados, acabaram por desistir. O encontro de Luke com Obi-Wan e Yoda é casuístico, não houve intenção por parte deles em procurar Luke. Por outro lado, percebe-se que a centralização relativa do poder nas mãos do Imperador poderia ser considerada como um poder moderador, o que seria uma forma de absolutismo disfarçado, afinal não há menção a uma constituição, o que enfraquece o Senado. Além disso, poderíamos considerar a Estrela da Morte como uma arma de destruição em massa, o que justificaria a ação da Aliança Rebelde. A completa destruição de Alderaan poderia ser um indício. Como podemos perceber, portanto, há controvérsia acerca do tema. Dessa forma, eu continuo dizendo, o Império é mais estável, Viva o Império!

sábado, junho 04, 2005

PS sobre Guerra nas Estrelas (1999-2005)

***Se você não assistiu a todos os filmes do Guerra nas Estrelas, não lei este post***

Uma importante observação em relação à trilogia 1999-2005, acabo de me recordar. Creio existir uma ligação entre o nascimento e o destino de Anakin Skywalker, Neo e Jesus Cristo. Sério, não tô brincando. Todos os três são tidos como O escolhido, que trará paz e harmonia, e têm fim trágico. Não sei quanto ao Neo, mas tanto Cristo quanto Anakin nasceram em situações extremamente particulares, ambos não tinham pai (fisicamente falando), apenas mãe, foram criados em ambientes hostis, eram pobres e aparentemente sem futuro. No entanto, tinham algo de especial, quase divino. A pergunta fica: Anakin era "um Cristo" que foi tentado pelo Diabo ?

Guerra nas Estrelas IV - Nota 8

Guerra nas Estrelas: Episódio IV - Uma Nova Esperança
(Star Wars: Episode IV - A New Hope, 1977)

Tratando de ficção científica, este é sem dúvida um clássico. É um erro compreender o primeiro Guerra nas Estrelas como um clássico por antigüidade, ele o é por ser um marco, independentemente se falamos de um momento no cinema já há quase 30 anos. Digo isto pelo simples fato de o Episódio IV trazer novas concepções de cinema, filmagem e som. O primeiro Guerra nas Estrelas surgiu num momento em que EUA e URSS estavam, pelo menos aos olhos dos americanos, em plena disputa, dilacerando o Vietã e se dilacerando, por que não, arrastando a população americana para o buraco negro. E eis que George Lucas oferece, contrariando todas as tendências da época, um filme em que o bem e o mal lutam, fora deste planeta, é importante frisar, pelo controle do universo. Além disso, Lucas fez uma trama profunda, baseada em mitologia e psicologia, o que me é particularmente interessante. A trilha sonora, também muito boa, era uma inovação para a época, em que sinfonias estavam fora de moda. Os efeitos especiais são revolucionários e impensáveis para a época, apesar de toscos para estes tempos. Por outro lado, os atores, em geral, são uma porcaria, salvando apenas Alec Guinness (Obi-Wan Kenobi). Analisando os personagens, para não me alongar, detenho-me a uns poucos comentários. Darth Vader não é tão mal quanto é nos episódios I, II e III; Luke Skywalker é o típico herói que hoje em dia não vende (o contraste entre ele e o próprio Anakin é chocante); C3PO é especialista em relações humanas, não as entende mas as interpreta, pra mim o personagem mais profundo; R2-D2 comanda, é na verdade ele o escolhido, Léia é forte (muito mais que a Padme), tava meio gordinha nesse episódio; Obi-Wan é muito fraco para o ator (que aliás segurou o filme); Yoda é Deus.

sexta-feira, junho 03, 2005

Guerra nas Estrelas III - Nota 7

Guerra nas Estrelas: Episódio III - Vingança dos Sith
(Star Wars: Episode III - Revenge of the Sith, 2005)

Encerrando a trilogia, o Episódio III é razoável. Com certeza não é aquela porcaria do segundo, mas também não chega a ser uma obra magnífica. Sei que muita gente gostou deste episódio, mas, como eu definitivamente não sigo a maioria, discordo categoricamente. Falemos dos pontos positivos, que são alguns, válidos, mas alguns. Ewan McGregor se consolida como um dos principais atores de hollywood neste filme. Não diria que sozinho, até porque o duende Yoda foi mais uma vez muito bem, mas devo considerar a evolução do até pouco desconhecido Hayden Christensen (Anakin Skywalker "adulto"), que neste está muito bem. Além dessas felizes atuações, devemos considerar a boa conexão entre esta trilogia e a seguinte (ou anterior?). O terceiro episódio conseguiu sem dúvida alcançar seu objetivo máximo que era ser uma ponte. Parabéns ao George Lucas. Agora vamos à parte ruim. Pra começar, eu acho que a Natalie Portman (Senadora Amidala/Padme) foi uma infelicidade; além de ter um evelhecimento imperceptível, é muito fraquinha como atriz (prometo assistir Closer pra averiguar melhor sua capacidade). Outra coisa, eu acho que o Windu tinha que morrer mesmo; quem fala demais morre cedo nos filmes, é lei. Por fim, e mais importante, o filme é chato, as cenas de luta em meio às lavas são péssimas, infindáveis e cansativas, e a história é uma coletânea de pequenos fatos explicativos para os episódios seguintes. Pra chutar o pau da barraca, eu realmente acho que o Anakin deveria ser levado ao Tribunal Penal Inter-Galático por tríplice genocídio. Ah, por falar em política inter-galática, esse negócio de república com reinos é sem noção, por isso o império ganhou, onde já se viu...Viva o Império (no quinto episódio eu discuto isso novamente).

quinta-feira, junho 02, 2005

Guerra nas Estrelas II - Nota 5

Guerra nas Estrelas: Episódio II - Ataque dos Clones
(Star Wars: Episode II - Attack of the Clones, 2002)

Dando continuação à saga, temos este infeliz episódio. Tem boas cenas, claro, e algumas boas atuações, mas o melhor do filme é o Yoda!! Tem algo errado num filme em que o melhor é uma animação. Alguns diriam que é apenas um episódio de transição, entre o princípio de tudo e o momento de crise (episódio III), talvez até seja apenas isso, mas não precisava ser tão fraquinho. Entramos no filme esperando grandes momentos e saímos achando que nada aconteceu de relevante e esperamos que o próximo justifique esta porcaria, afinal, o filme termina com as guerras clônicas, o que queríamos assistir era justamente a elas. Ok, ok, tem a marcha imperial, legal, mas, sinceramente, precisava filmar 2 horas e tanto pra fazer um duende rodopiar com um sabre de luz e tocar a marcha imperial ? Que venham as guerras clônicas, que venham os Sith; amanhã falo sobre isso.

quarta-feira, junho 01, 2005

Guerra nas Estrelas I - Nota 7.5

Para começar as atividades deste blog em grande estilo, comentarei a dupla trilogia Guerra nas Estrelas (Star Wars). Para facilitar, usarei posts diferentes para cada episódio.

Guerra nas Estrelas: Episódio I - A Ameaça Fantasma
(Star Wars: Episode I - The Phantom Menace, 1999)

Vamos em ordem cronológica (não, eu assisti em ordem de lançamento), o primeiro episódio, escusado o subtítulo inadequado, é um de meus favoritos. Tanto por encerrar em si características de filme com início, meio e fim, como por apresentar atributos dignos de um grande filme. Sem dúvida, atrai o público com cenas bem coordenadas, bom acabamento e enredo bem trabalhado. O que mais me chama atenção é a excelente performance do ator Ewan McGregor (Obi-Wan Kenobi) que, aliada ao bom comportamento do menino Jake Lloyd (Anakin Skywalker), entretem do início ao fim, de forma coerente e levemente divertida. Destaco também o personagem Qui-Gon Jinn, interpretado por Liam Neeson, que ao meu ver foi peça-chave na trama de George Lucas. Por fim, devo mencionar a excelente trilha sonora deste episódio, principalmente durante a luta entre os dois Jedis supracitados e o vilão Darth Maul, que aliás foi muito mal utilizado (o ator era dublê no Mortal Kombat!!).