terça-feira, novembro 22, 2005

Antes do Pôr-do-Sol - 3.5

Antes do Pôr-do-Sol
(Before Sunset, 2004)

Por que diabos alguém filma coisas desse tipo? Eu respondo; já pesquisei, estudei, li a respeito, fiz o que pude. Filmaram essa, essa continuação, essa unidade suplementar, e não complementar, para satisfazer a curiosidade daqueles indivíduos que tinham treze anos na época e que agora têm 22. O que será que aconteceu depois daquela noite de 1994 ? Eles afinal se reencontram ? Pois é, este filme responde, claudicante, à tua pergunta, respeitável jovem leitora. Mas não espere muito não, que é bem inferior ao primeiro. Por isso, atento leitor, se não te apetece saber os desandos daquela noite de 1994, faça o favor de não assistir a este filme; deixe-o lá, na prateleira, onde ficará bem; confie em mim, pois a decepção é pior que a curiosidade.

Batman Begins - 8.5

Batman Begins
(Batman Begins, 2005)

Muitas vezes inicio meus comentários fazendo ressalvas e desta vez não será diferente. Nunca fui um ávido leitor de quadrinhos; na verdade nunca os achei muito interessantes. Portanto, pouco me importa se os filmes de super-heróis têm semelhança com os quadrinhos. Posto isso, atrevo-me a dizer que Batman Begins é um excelente filme e que os anteriores deveriam ser postos na ilegalidade. Deveríamos recomeçar a série, no estilo deste último, sendo o primeiro, naturalmente. O filme, dirigido por Christopher Nolan (o mesmo de Amnésia), é bem produzido, bem editado, interessante, e traz excelentes atores, como Michael Caine, Liam Neeson, Morgan Freeman, Rutger Hauer e Ken Watanabe. Infelizmente, traz o sem-graça-de-língua-presa Christian Bale (como Batman) e a pouco convincente Katie Holmes (que deveria procurar outro tipo de filme pra fazer). Alguns vão dizer, "esse Batman estava perfeito" ou, "ela é linda e convenceu". Não! Ele é mal ator e ela ainda não saiu de Dawson's Creek, quem sabe um dia....? E ainda cogitam ela para Mulher Maravilha...tenha paciência...

quarta-feira, novembro 16, 2005

O Jardineiro Fiel - 8

O Jardineiro Fiel
(The Constant Gardener, 2005)

Não é fácil compreender este filme, há quem diga que é impossível. Não o é. Nunca estive no vasto continente africano, é bem verdade, mas o pouco de África que me passaram, não por falsas impressões, estas medonhas e injustas, mas por relatos conscientes e responsáveis, permite-me imaginar que O Jardineiro Fiel é ao mesmo tempo revolucionário e impotente. Explico-me. Há uma certa barreira em tratar a África, não apenas pela peculiaridade do tema, que ainda hoje, pós-colonialismo, é por mim observada, mas também pelo olhar pesaroso euro-americano, que se instaurou e constrange o avanço do continente. Mostrar uma África por dentro, filmada in loco, com seus verdadeiros problemas, não é cotidiano no cinema internacional, assim como não o é estampar, rompante, a questão farmacêutica, a corrupção pecaminosa britânica, no caso, e os infortúnios dos povos africanos, mas, veja, de forma óbvia e não apelativa, por isso revolucionária. No entanto, creio ser impotente, pois o filme, além de parecer a muitos uma teoria conspiracionista, não tem o devido alcance e pode passar por mera ficção. Sendo ou não um ato revolucionário impotente, aliás circunstância freqüente por aí, a filmagem, a edição e a fotografia são de especial deleite, também as curtas passagens em swahili, pois há quem aprecie o idioma, além de mim.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Porque Choram os Homens - 4.5

Porque Choram os Homens
(The Mas Who Cried, 2000)

Uma menina judia (Christina Ricci) tenta viver na Europa durante a Segunda Grande Guerra e buscar seu pai que havia deixado o continente para viver nos Estados Unidos. Um filme bem mais ou menos. É bem filmado, tem o Johnny Depp, é sutil. Mas de resto, é monótono e longo (na verdade nem é longo, mas parece). Quando assistir, tente captar um pouco da poesia escondida no filme, observe a ópera.

A Família Addams - 5.5

A Família Addams
(The Addams Family, 1991)

Clássico do humor da década de 1990, é a história de uma família de hábitos excêntricos e macabros, porém cômicos. Neste primeiro filme, Uncle Fester (Christopher Lloyd) retorna à família após anos desaparecido. Poucos filmes conseguiram reunir tão bons atores para o humor negro; com certeza todos que eram jovens em 1991 assistiram a este filme; agora, 14 anos depois, vale a pena assistir novamente. Destaco, além da qualidade dos atores, as personagens Wednesday (Christina Ricci, com apenas 11 anos) e o bizarro Cousin Itt.
(P.S.: Usei os nomes originais, pois as traduções dos nomes das personagens são péssimas e variam)