sexta-feira, dezembro 29, 2006

Borat - 7


Borat
(Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan, 2006)

Eu havia assistido ao trailer há algum tempo e esperava bastante, tanto que não agüentei a estréia no Brasil. Não é metade do que parece; as melhores cenas estão no trailer. Mesmo assim, vale a pena para quem gosta do gênero "politico-absolutamente incorreto". Sach Baron Cohen, comediante inglês pouco conhecido no Brasil (fez a voz do Rei Julian, em Madagascar), apresenta seu mais novo personagem. Borat, um reporter do Cazaquistão, vai aos EUA para aprender "lições" e acaba apaixonando-se pela Pamela Anderson. Cohen ficou famoso por seu personagem Ali G, um idiota anglo-jamaicano. O filme Borat chegou a ficar entre os de maior vendagem em 2006. Não é para menos: é hilário, muitas vezes apelativo, mas outras inteligente. Muitas cenas foram gravadas no estilo "pegadinha", o que dá certo realismo à peça. O que vem mesmo chamando a atenção é que o filme detona o Cazaquistão, o que vem irritando o governo do país. Já se falou até em processar o filme. Dois alertas finais: se você acha Austin Powers podre, esqueça Borat, você pode passar mal; e mais, se você for judeu, é bom ter muito senso de humor, ou também vai querer processar o filme.

Os Outros - 5.5


Os Outros
(The Others, 2001)

Não sei o que as pessoas viram neste filme. Quer dizer, sei: um final surpreendente, nada mais. Nicole Kidman vive numa escura mansão na Ilha de Jersey com seus dois filhos , logo após a 2ª Grande Guerra. Eles começam a perceber que outros seres habitam a casa. Uma hora e quarenta minutos carentes de história, que se arrasta, forçando-nos a pedir a Deus que termine com aquele filme. Quando chega no final, bum, dez minutos que valeram o filme. A idéia, do final, é muito boa mesmo, mas não se pode fazer um filme só com o final; alguém tem de avisar esses diretores que isso é lixo cinematográfico (aquele doido do Shyamalan bem sabe disso). Eu vejo o cinema como uma arte: não se joga no lixo um quadro após vê-lo. Esses filmes são descartáveis: vê-se uma vez e adeus, não me serve mais. Cinema deve ser degustado, não é fast food. De qualquer forma, Nicole Kidman está excelente e o filme recebeu vários Goya em 2002.

Cassino Royale - 8.5

Cassino Royale
(Casino Royale, 2006)

Primeiro Bond a que assisto desde que inaugurei este blog. Ao todo são 21 agora; creio que apenas um eu ainda não vi. Não tenho palavras para exprimir minhas expectativas quanto ao novo 007. Demoraram tanto para anunciar o novo ator que eu já estava angustiado; mesmo porque, como já antes mencionado neste blog, Daniel Craig pode ser tudo menos um bom James Bond. Ele é um troglodita, feio que o diabo e loiro. Nada de charme, inteligência e estilo: o novo 007 resolve tudo no braço. A espera foi grande e o resultado, mesmo com esses problemas, foi positivo. Cassino Royale é uma adaptação do primeiro (e homônimo) livro de Ian Fleming, e dessa vez foi autorizado. Como já devem ter ouvido falar, esse mesmo romance foi adaptado para o cinema em 1967, mas não é reconhecido pela franquia (que aliás é a segunda mais lucrativa do cinema, atrás apenas de Guerra nas Estrelas). O filme mostra os primeiros passos de Bond com sua "licença para matar", em uma missão em um cassino em Montenegro (coitado do país, mal ficou independente e já o escolheram para o crime). O roteiro é interessante, apesar de fazer-nos acreditar, constantemente, que não há fim. Daniel Craig é bom ator, mas não pode ser James Bond; pena que já está contratado para o próximo filme. Figuram ao seu lado, com destaque, a bizarramente magra francesa Eva Green (Cruzada), como a charmosa Bond Girl, Vesper Lynd, e o bom ator dinamarquês Mads Mikkelsen (que pode ser indicado ao Oscar com Efter Brylluppet), como o vilão que chora sangue, Le Chiffre. A música do Audioslave eu ainda não ouvi direito, mas não achei tão legal quando tocou na abertura do filme. Acho que vou assitir aos outros filmes novamente: mesmo quando é tosco, 007 empolga.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Noivo Neurótico, Noiva Nervosa - 9

Noivo Neurótico, Noiva Nervosa
(Annie Hall, 1977)

Há tempos procurava este filme. Dizem que é o melhor de Woody Allen, provavelmente é, e tem motivos para ter tal fama. Muito bem escrito e filmado, conta sua paixão por Annie Hall (Diane Keaton). O filme é inteligente e tem sacadas tão bem pensadas que possivelmente ficarão em minha memória por um bom tempo. Se for assistir a este filme, faça como eu, assista aos sucessos anteriores, como Bananas e Dorminhoco: é mais fácil absorver o estilo de Allen. Oscar de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz e Melhor Roteiro em 1977.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Tora! Tora! Tora! - 7

Tora! Tora! Tora!
(Tora! Tora! Tora!, 1970)

O filme retrata as diversas falhas americanas em preparar-se para o ataque japonês a Pearl Harbor, em 1941. É uma boa produção para a década de 1970. Ao contrário da maioria dos filmes de guerra, este é leve e não explora o sofrimento humano em si. Destaque para a caracterização do Almirante Yamamoto e, é claro, para os efeitos especiais, que receberam um Oscar em 1971.

Dália Negra - 6

Dália Negra
(The Black Dahlia, 2006)

Adaptação do romance de James Ellroy sobre dois policiais que investigam o assassinato de Elizabeth Short. A história foi baseada em fatos reais que abalaram Los Angeles nos anos 1940. Assassinato, corrupção e conspiração sob o clima de um filme noir. O filme é lento e um pouco desconexo, o que é uma pena, pois o enredo é realmente interessante. Chamam a atenção as duas coadjuvantes: a encantadora Scarlett Johansson e a premiada (e feinha) Hilary Swank.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Super Size Me - 3.5

Super Size Me
(Super Size Me, 2004)

Documentário interessante sobre os impactos da comida servida no McDonald's. Nada muito diferente ou chocante, traz aquilo que já se sabia: tudo em excesso faz mal. Vale a pena assistir, mas não espere grande coisa.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

A Rainha - 8

A Rainha
(The Queen, 2006)

Em 1997, Tony Blair ganha as eleições para Primeiro-Ministro e a Princesa Diana morre em um acidente em Paris. Assim começa este interessantíssimo filme britânico que retrata as relações entre a monarquia e o parlamento e, principalmente, as reações da Rainha Elizabeth II quanto à postura a ser adotada frente à morte de Diana. O filme é muito bem-feito, bem acabado e inteligente. Destaque para Helen Mirren, que interpreta a Rainha. Vencedor de diversos prêmios, incluindo o de Melhor Roteiro de Filme Independente Britânico e a Copa Volpi de Melhor Atriz, em Veneza.

domingo, dezembro 10, 2006

Tsotsi: Infância Roubada - 7.5

Tsotsi: Infância Roubada
(Tsotsi, 2005)

Filme sul-africano sobre um jovem pobre, Tsotsi, que vive de assaltos, em Soweto, periferia de Johanesburgo. Durante um roubo de carro, acaba levando, por engano, um bebê, com quem estabelece uma relação de afetividade, relembrando sua própria infância. A quem puder ver na versão em DVD, aviso que há dois finais alternativos. Um detalhe para os curiosos: o filme é falado em tsotsitaal, um dialeto pidgin da periferia. "Tsosti" é uma gíria em sesotho que significa "ladrão", "taal" significa "língua" em Afrikaans. Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2006.

sábado, dezembro 09, 2006

Barbarella - 5.5

Barbarella
(Barbarella, 1968)

Que filme indescente! Uma terráquea, num futuro distante, recebe a missão de ir a outro planeta fazer um resgate. Sempre ouvi falar de Barbarella, mas nunca imaginei que explorassem tanto a o corpo e a sensualidade de Jane Fonda. Devo admitir: ela é linda. O filme, no entanto, deixa a desejar. O roteiro é confuso, as interpretações são fracas e muitas cenas são apelativas. Há uma ou outra inovação pra época, mas é difícil prestar atenção em algo que não a Barbarella, cujas roupas, aliás, foram desenhadas por Paco Rabanne. É um filme único, de fato.

terça-feira, dezembro 05, 2006

G.O.R.A. - 7

G.O.R.A.
(G.O.R.A., 2004)

Um dos maiores campeões de bilheteria na história do cinema turco, G.O.R.A. é uma paródia aos filmes de ficção científica de Hollywood. Misturando humor e efeitos especiais de primeira, justifica o porquê de tanto sucesso. Faz-me questionar a realidade do nosso cinema, pois, ao meu ver, seríamos incapazes de produzir um filme como este.