domingo, dezembro 18, 2005

A Lenda do Tesouro Perdido - 7.5

A Lenda do Tesouro Perdido
(National Treasure, 2004)

(especial, por Pedro Gontijo)

Eu fiquei receioso em começar com um candidato típico à Sessão da Tarde dos próximos anos, mas acabei de assistir esse filme de novo e acredito que ele merece um comentário por causa de alguns detalhes. Para mim, muitos filmes medíocres merecem comentários por conta de detalhes afortunados, os quais inclusive fazem-nos esquecer da mediocridade. "National Treasure" -- prefiro usar o nome original porque o trocadilho ficou legal, além de ser um protesto contra grande parte das traduções de títulos para o Brasil -- envolve mitos e histórias sobre maçons, templários, tesouros perdidos e a independência norte-americana, todos temas de fácil apelo à imaginação. A trama é meio forçada e mal-explicada, não se consegue saber ao final do filme como aquele tesouro imenso foi parar nas mãos dos "Founding Fathers" em primeiro lugar e como os maçons conseguiriam tal façanha, porém é divertido tentar adivinhar as pistas, especialmente para quem conhece um pouco de história e cultura americanas. Nesse detalhe o filme merece comentário. O enredo envolve personagens totalmente aficcionados por história dos EUA, um prato cheio para quem admira o pensamento político moderno e gosta de descobrir coisas. A Dra. Chase (Diane Kruger, que também fez Tróia) é curiosa, característica fundamental de um historiador, e é um pouco reconfortante para os cientistas sociais amadores encontrarem no filme o espírito da fundação de um país concretizado na Declaração de Independência, o pivô de toda a trama, com assertivas significativas escritas por pessoas que as consideravam mais do que simples utopias. Fora isso, é bom de assistir quando não se tem nada pra fazer. Tem perseguição, aventura, trocadilhos e jogos de palavras, a gata da Diane Kruger. E, é claro, Nicolas Cage, que é bom em qualquer lugar.

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